François
Viète
Advogado e matemático amador francês - segundo alguns autores, o "pai da álgebra" -, François Viète (ou Franciscus Vieta) nasceu em 1540, em Poitu, e faleceu em 1603, em Paris. Depois de completar os seus estudos em Direito, começou a exercer advocacia na sua terra natal, atividade que abandonou para se tornar membro do Parlamento da Bretanha, em Rennes. As suas convicções religiosas trouxeram-lhe alguns problemas, levando o Duque de Rohan, um líder huguenote, a tomá-lo sob sua proteção e a solicitar ao rei francês Henrique III, por intermédio de Henrique de Navarra, o reatamento da posição oficial anteriormente ocupada como membro do Parlamento. Este pedido foi negado e só quando Henrique de Navarra assumiu o reinado de França, sob o nome de Henrique IV, Viète pode retomar o seu cargo, desta vez em Tours, tornando-se de seguida, e até à sua morte, Conselheiro Privado do rei.
Apaixonado por álgebra, descobriu a chave de um código espanhol que consistia em mais de 500 caracteres, fazendo com que os despachos vindos de Espanha, na altura em guerra com França, e caídos nas mãos dos franceses fossem decifrados; adotou vogais para as incógnitas e consoantes para os números conhecidos; e introduziu métodos gráficos e a trigonometria para resolver equações de 3.º e 4.º graus. Por ter simplificado as relações trigonométricas é, hoje em dia, considerado um precursor da geometria analítica.
O seu livro Isagoge in artem analyticum, de 1591, constitui o tratado mais antigo sobre álgebra simbólica.
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